marți, 27 noiembrie 2012

A Morte de um Gênio

Ontem o mundo perdeu o genial economista Milton Friedman, ganhador do prêmio nobel, "fundador" da escola monetarista de Chicago e uma das maiores personalidades do meio acadêmico contemporâneo.

Liberal radical e polêmico até a alma, Friedman ousou desafiar as idéias de Keynes no auge dos anos dourados do Estado de bem-estar social. Alertou para o crescente gasto dos governos, principalmente a gantança previdenciária e os crescentes benefícios sociais, que acabaram impactando nas pressões inflacionárias das décadas de 70 e 80.

Friedman teorizou sobre o controle da inflação através da regulação da oferta monetária, conhecido hoje como "regime de metas de inflação", utilizado atualmente pela maioria dos bancos centrais no mundo, através das práticas de mercado aberto (venda e recompra de titulos públicos).

Autor da famosa frase: "There's no free lunch.", ou seja, tudo tem seu custo, nada é de graça, para alguém ter um benefício, alguém tem que pagar o preço do outro lado.

Friedman, como bom liberal, era avesso à intervenção e regulação do mercado pelo governo. Um dos grandes pais do liberalismo moderno (não usarei neoliberalismo pelo conceito pejorativo que foi erroneamente atribuído ao mesmo).

Friedman também foi conselheiro econômico do governo Pinochet, no Chile. Preparou as principais cabeças chilenas para as reformas liberais que permitiram ao pequeno e montanhoso país sul-americano subir ao patamar em que se encontra hoje, uma "ilha" de desenvolvimento dentro do turbulento oceano latino-americano.

O mundo acordou menos sábio hoje. Lutemos para que suas idéias não morram também. Lutemos para que os alunos no ensino médio e superior deste país, que constantemente sofrem lavagem cerebral de seus professores mais "engajados" politicamente, não leiam somente O Capital, de Marx, mas também Capitalismo e Liberdade, de Friedman, para que possam enxergar o mundo de forma mais ampla, com os olhos mais abertos, e que possam fazer suas escolhas ideológicas tendo provado todas as fatias da pizza.

Não há nada mais liberal do que a liberdade de escolha. Seria uma justa homenagem a Friedman.

Obrigado, Mestre!